Depois de várias lutas, eu estava na final. Foi, até hoje, o campeonato brasileiro mais lotado que a JKA já teve. Confluíram para Porto Alegre, naquele dia 14 de maio de 2003, atletas do Tradicional, JKA, WKF. Lutadores do quilate de Wladimir Zanca (MT), Chinzô e Takê Machida (PA), Fábio Simões, Wagner Pereira, Caio Rocha (SP), Rafael Moreira, Juarez, Napoleão, Marlos (RS), Enobaldo Athaíde (BA), Roberto Pestana (RJ) e muitos, muitos outros. Inclusive um carateca da WKF que o Pestana conhecia dos anos que passou por essa federação, e que me disse antes da competição: “O apelido dele na WKF era Raio” me disse Pestana, que por ironia acabou perdendo para o Raio em seu dojô. O velocíssimo atleta da WKF acabou derrotado por Wagner.
A competição servia de seletiva para o cobiçado Mundial do Japão.
Lembro que quando separaram os dojôs, olhei para o meu e pensei: “é muita gente...”
Mas aos poucos, rodada após rodada, vitória após vitória, fui passando por meus adversários até chegar à finalíssima. Meu adversário era o até então desconhecido - para mim - Fábio Simões.
Mas eu não era bobo. Já tinha reparado naquele lutador ainda no dia anterior, no curso. Ele tinha excelente postura, uma boa visão e era muito, muito rápido. E tinha passado por Chinzô e Enobaldo para chegar à final. Do meu lado, eu tinha passado por Takê, Rafael (o então campeão) e Wagner.
Foi a primeira vez em minha vida que encarei uma luta de 5 minutos, ou dois ipon.
De cara meti um mae geri que explodiu na perna dele. Cheio de gás, fui para cima e meti um tet tsui de esquerda: wazari. Mas Fabinho virou, fazendo dois pontos de go no sen (contra-ataque). A luta seguiu, e lá pelas tantas ele meteu a mão na minha cara. Mais de uma vez. Como eu disse, não sou bobo. Bati também. Mais de uma vez. Daí, como dois bons lutadores, começamos a lutar duro, sem segurar nenhum golpe. Nenhum dos dois estava nem aí para o resultado naqueles minutos do meio da luta. Era pancada para todo lado.
Ele ainda tirou mais um wazari, e venceu por 3x1. Resultado justo para o lutador mais consistente daquele dia de competições.
À noite, estava eu sentado sozinho em uma mesa, com o jantar diante de mim quando ele sentou na minha frente.
- Cara, olha o que você fez com o meu rosto! – Disse apontando para o olho roxo, quase preto.
- E o que você fez no meu, não conta? – Devolvi, mostrando meu nariz inchado e uma bola vermelha na testa.
Começamos a rir, e depois disso viramos amigos.
Já ri muito com as histórias dele, que é a maior figura do karate brasileiro.
OSS.
A competição servia de seletiva para o cobiçado Mundial do Japão.
Lembro que quando separaram os dojôs, olhei para o meu e pensei: “é muita gente...”
Mas aos poucos, rodada após rodada, vitória após vitória, fui passando por meus adversários até chegar à finalíssima. Meu adversário era o até então desconhecido - para mim - Fábio Simões.
Mas eu não era bobo. Já tinha reparado naquele lutador ainda no dia anterior, no curso. Ele tinha excelente postura, uma boa visão e era muito, muito rápido. E tinha passado por Chinzô e Enobaldo para chegar à final. Do meu lado, eu tinha passado por Takê, Rafael (o então campeão) e Wagner.
Foi a primeira vez em minha vida que encarei uma luta de 5 minutos, ou dois ipon.
De cara meti um mae geri que explodiu na perna dele. Cheio de gás, fui para cima e meti um tet tsui de esquerda: wazari. Mas Fabinho virou, fazendo dois pontos de go no sen (contra-ataque). A luta seguiu, e lá pelas tantas ele meteu a mão na minha cara. Mais de uma vez. Como eu disse, não sou bobo. Bati também. Mais de uma vez. Daí, como dois bons lutadores, começamos a lutar duro, sem segurar nenhum golpe. Nenhum dos dois estava nem aí para o resultado naqueles minutos do meio da luta. Era pancada para todo lado.
Ele ainda tirou mais um wazari, e venceu por 3x1. Resultado justo para o lutador mais consistente daquele dia de competições.
À noite, estava eu sentado sozinho em uma mesa, com o jantar diante de mim quando ele sentou na minha frente.
- Cara, olha o que você fez com o meu rosto! – Disse apontando para o olho roxo, quase preto.
- E o que você fez no meu, não conta? – Devolvi, mostrando meu nariz inchado e uma bola vermelha na testa.
Começamos a rir, e depois disso viramos amigos.
Já ri muito com as histórias dele, que é a maior figura do karate brasileiro.
OSS.
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