Final de kumite individual entre Franklin Mina (Equador) e Jayme Sandall (Brasil)
* Veja a luta final: http://www.youtube.com/watch?v=cboDA8kUK94&feature=youtu.be
Sensei Gérson Almeida recebendo o troféu de terceiro lugar no geral, representando a delegação brasileira
Hannah Aires (BRA), em cima da adversária uruguaia na disputa do bronze no kumite individual feminino
Pódio do kumite individual feminino
Equipe feminina do Brasil
Pódio kumite individual masculino
Nos dias 08 e 09 de setembro, foi realizado em Lima, Peru, o VII Campeonato Sulamericano JKA.
Nessa edição, havia mais de 350 atletas de 10 países (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia), e o nível estava muito forte.
O Equador foi uma grata surpresa, comparecendo pela primeira vez a um Sulamericano JKA, com uma delegação de peso. O nível dos atletas era muito alto, e isso foi comprovado na final do kumite individual.
Nas categorias de base, destaque total para os meninos do Brasil (15-16 anos). O kumite deles serviu para inspirar toda a delegação. Além de fazer a final do individual, eles venceram os fortíssimos argentinos na final por equipes, com uma vitória arrasadora de Leonardo Kolesnikovas na última luta, quando estava tudo empatado.
No feminino, Manuela Spessatto (RS) comprova que reina soberana no kata. Depois de vencer o individual pela terceira vez (Gojushiho Sho), ela também ajudou o Brasil a sagrar-se tricampeão de kata por equipes, ao lado de Juliana Vitral (MG) e Hannah Aires (RS). Somando os títulos de kumite por equipes que ela conquistou em 2008, 2009 e 2010, a gaúcha totaliza 9 títulos sulamericanos. Aline Dotta ainda completou o pódio, com o bronze (Unsu).
No kumite, uma repetição do resultado do kata individual, com ouro e bronze. A medalha dourada ficou com a mineira Juliana Vitral, que depois de vencer a pedreira Jeanette Castañeda (ARG), passou pela compatriota Hannah Aires (RS) na semi, e por mais uma argentina na grande final. Hannah disputou o bronze com uma uruguaia, e ficou com a medalha.
Infelizmente, esse ano, a equipe feminina de luta não conseguiu manter a hegemonia sulamericana (eram as atuais tricampeãs), e perdeu na semi-final para as rápidas chilenas, que na final com a Argentina, ficaram com o título. Na disputa do bronze, entretanto, o Brasil venceu, e terminou a competição com o pódio.
No kata individual masculino, pódio todo azul e branco, com a Argentina arrebatando as três primeiras colocações. Marcelo Monzón sagrou-se bi-campeão. Rousimar Neves (MG), Fernando Macêdo (MG), Andrew Marques (SP) e Marlon Lopes (BA) foram eliminados antes da rodada final.
Por equipes, Andrew, Marcel Apolônio (SP) e Rodrigo Alves (SP), atuais campeões brasileiros, passaram em primeiro lugar na classificatória (Jion), mas foram ultrapassados pelos argentinos na grande final (Kanku Sho). Vice-campeões sulamericanos, com muito orgulho.
No kumite individual, uma grata surpresa. Pela primeira vez desde a primeira edição do Sulamericano JKA, em 2002, o Brasil conseguiu colocar um atleta na final.
para chegar até lá, Jayme teve que passar por um chileno (1 x 0), um peruano (2 x 0), um argentino (2 x 1), um paraguaio (ipon) e pelo duríssimo Jorge Rivas (ARG), atual tricampeão do torneio (2007, 2009 e 2010), por 1 x 0 no sai shiai (luta de desempate)
Jayme Sandall (RJ) foi para a última luta do individual (shobu sanbon), contra o equatoriano Franklin Mina, empurrado pela torcida. Os dois atletas foram muito cautelosos no começo da luta, sem querer se expor, esperando a hora certa para aplicarem seus golpes. O brasileiro saiu na frente, mas o equatoriano virou logo em seguida, fazendo 2x1. Na sequência, ele encaixou mais um wazari (3x1). Jayme conseguiu aplicar um ashi barai que quase lhe rendeu um ipon, mas o adversário conseguiu abaixar a cabeça na última hora, e o golpe passou. O brasileiro ainda fez mais um ponto, de contra-ataque de gyako tsuki depois de defender um mawashi tchudan de Franklin Mina, mas o tempo acabou. Mais eficiente, o atleta do Equador conseguiu vencer por três a dois.
Rafael Moreira (RS) venceu o duelo brasileiro com Alison Batista (SP), mas acabou derrotado na rodada seguinte contra o excelente chileno Rodrigo Rojas. Fábio Simões (SP) perdeu nas oitavas de final de forma contestável contra o tri-campeão individual Jorge Rivas (ARG). Chinzô Machida acabou sofrendo um golpe de raspão na primeira luta, contra um veloz equatoriano, que abriu um corte em sua cabeça, obrigando-o a levar 4 pontos, e perdeu a luta por doctor stop (impossibiulidade médica de continuar lutando). Roberto Mendes (RJ) perdeu em sua luta de estréia em sulamericanos. Sem sorte na chave, ele pegou de cara o atual campeão argentino, que, mais experiente, venceu por 2 x 0.
Era hora do kumite por equipes, a última categoria.
O Brasil passou pelo Equador em uma semi-final (4 x 0), com destaque para Fábio Simões, que venceu o campeão individual Franklin Mina por 2 x 0, e para Diego Andrade (BA), que fez um dos pontos mais bonitos da competição, enquanto a Argentina vencia o Peru por 5 x 0 na outra semi.
A grande final, mais uma vez, seria entre Brasil e Argentina (a exemplo de 2005, no sulamericano do Brasil)
Na primeira luta, Jayme pegou o atual campeão argentino, e empatou em 1 x 1. Em seguida, Chinzô Machida, recém chegado do hospital e com muita vontade de lutar, ganhou por 2 x 1 do vice-campeão de kumite individual de 2008, Marcelo Monzón. Na terceira luta, Fábio Simões empatou contra Jorge Rivas, e manteve-se como o único brasileiro a jamais perder em lutas pela equipe de kumite. Wagner Pereira (SP) veio em seguida. Fez um wazari, mas o argentino Mathias conseguiu virar.
Na quinta e decisiva luta, tudo rigorosamente empatado.
Rafael Moreira (Best Eight no mundial de 2006, na Austrália, e atual vice-campeão mundial por equipes) impõe muito respeito aos adversários, que já conhecem seu jeito de lutar. Todos sabem que no espírito de luta ele é imbatível, e isso é uma vantagem para o Brasil.
Rafael saiu na frente, deixando os brasileiros com uma mão na taça. Mas o argentino, muito técnico e veloz, se aproveitou de um descuido do gaúcho para empatar.
A torcida, os lutadores, todos os presentes no ginásio ficaram com a respiração presa, observando cada detalhe dos útlimos segundos dessa luta decisiva.
Sem querer deixar a responsabilidade para outro, Rafael não quis segurar o empate, e arriscou tudo em um gyako tsuki tchudan. O argentino ainda tentou bater junto, mas no golpe do brasileiro, além de ser muito mais forte, pegou primeiro.
Brasil tetra-campeão sulamericano de kumite por equipes!
Fica aqui registrado o agradecimento de toda a delegação aos mestres Sasaki e Machida, que mais uma vez comandaram a Seleção com maestria;
Aos árbitros Alfredo Aires (RS), Celso Kolesnikovas (SC), Rui Koike (SP), Jociglei Cadena (RJ), Mário Cadena (RJ) e Marcelo Miorelli (RS), que deram um exemplo de competência e honestidade;
Aos auxiliares técnicos Gérson Almeida (SP), Carlos venito (RJ), Edmilson Nascimento (RJ), Gerlice (SP);
E a todos os atletas, pais e acompanhantes que fizeram com que o Brasil conseguisse conquistar tantos resultados positivos.
OSS!!
RESULTADOS
- Kata individual feminino:
1) Manuela Spessatto (BRA) / 2) Jeanette Castañeda (ARG) / 3) Aline Dotta (BRA)
- Kata por equipes feminino:
1) Brasil (Manuela Spessatto, Hannah Aires e Juliana Vitral) / 2) Argentina / 3) Venezuela
- Kumite individual feminino:
1) Juliana Vitral (BRA) / 2) Francine Celeste (ARG) / 3) Hannah Aires (BRA)
- Kumite por equipes feminino:
1) Chile / 2) Argentina / 3) Brasil (Hannah Aires, Elaine, Juliana Vitral e Manuela Spessatto)
- Kata individual masculino:
1) Marcelo Monzón (ARG) / 2) Diego (ARG) / 3) Flávio (ARG)
- Kata por equipes masculino:
1) Argentina / 2) Brasil (Andrew, Marcel e Rodrigo) / 3) Peru
- Kumite individual masculino:
1) Franklin Mina (EQU) / 2) Jayme Sandall (BRA) / 3) Jorge Rivas (ARG)
- Kumite por equipes masculino:
1) Brasil (Chinzô Machida, Jayme Sandall, Rafael Moreira, Wagner Pereira, Fábio Simões, Diego Andrade e Alison Batista) / 2) Argentina / 3) Equador
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