quinta-feira, 24 de agosto de 2017
XIV Campeonato Mundial JKA
* Fotos tiradas e gentilmente cedidas por Paula Milanez. Muito obrigado!
Aconteceu, entre 17 e 20 de agosto de 2017, o XIV Campeonato Mundial de karate-dô JKA (Funakoshi Gichin Cup).
O evento foi realizado na cidade de Limerick, Irlanda, e contou com 1350 atletas de 58 países.
O Brasil enviou 62 atletas que brigaram muito por lugares no pódio.
Infelizmente, dessa vez não conseguimos trazer para casa nenhuma medalha. O resultado, entetanto, não reflete nossa participação. Nossos atletas infanto-juvenis brilharam tanto no kata quanto no kumite, e classificamos diversos deles entre os oito melhores.
No adulto, jamais classificamos tantos atletas para o dia das finais quanto nesse mundial.
Kata por equipes feminino, kata por equipes masculino, kumite por equipes masculino e, pela primeira vez na história, classificamos um atleta entre os oito finalistas de kata individual.
Marcelo Kanashiro (GO) fez história ao pisar no koto central no domingo para apresentar o seu Sochin.
Foi a prmeira vez que um brasileiro teve o privilégio de pisar no koto central para fazer um kata individual. Infelizmente ele pisou fora do koto durante o seu Sochin, e isso lhe custou um décimo de cada juiz.
Isso não tira em nada o brilho de sua conquista. Ele abriu os caminhos para outros atletas acreditarem que podemos trazer uma medalha na categoria.
O kata por equipes feminino obteve a melhor classificação da história do país. O quarto lugar teve gosto de pódio para Manuela, Cristiane e Hannah. As campeãs brasileiras e sulamericanas provaram que é uma questão de tempo até que cheguem ao pódio num mundial.
No Masculino, os heptacampeões brasileiros representaram o Brasil com honra na grande final. Não trouxeram a medalha, mas evoluíram em relação ao último mundial, e isso dá a certeza de que estão no caminho certo.
O kumite individual teve como destaques o estreante em mundiais, Frank Manera (RS), que chegou à final de seu koto, e por muito pouco não passou entre os oito, perdendo no detalhe para um atleta da África do Sul.
Outro destaque foi Fábio Simões (SP), que em seu último mundial, chegou também à final de seu koto. Depois de vencer três adversários de forma espetacular, ele fez a final da chave contra o chileno Rodrigo Rojas, que acabaria por se consagrar campeão mundial no dia seguinte. A luta foi dura, e terminou empatada. No sai shiai, novo empate, com a vitória podendo ir para qualquer um. Na terceira luta (segundo desempate), o chileno conseguiu tirar um wazari com gyako tchudan.
Aos 45 anos, em sua última competição, a lenda Fábio Simões mostrou porque é um dos maiores lutadores de karate brasileiro de todos os tempos, quase vencendo o campeão mundial.
O kumite por equipes, depois de um primeiro dia brilhante, partiu para a semi-final contra a arqui-rival Argentina.
Apesar de sair na frente, o time brasileiro infelizmente não segurou o resultado, e os hermanos conseguiram a virada, vencendo por 2 x 1.
Na outra semi, a fortíssima equipe belga chegou perto de vencer os japoneses, que acabaram vencendo por 3x2.
Na disputa pelo bronze, o Brasil perdeu para a Bélgica por 3x0.
Na grande final, os japoneses pareceram colocar a cabeça no lugar, e fizeram sua melhor luta, fechando o título com uma vitória de 4 x 0 sobre os argentinos.
A hegemonia japonesa continua, sobretudo no kata, onde são imbatíveis, de longe.
Mas no kumite, além de quase terem perdido para a Bélgica na equipe masculina, tiveram que suar muito para vencerem a categoria por equipes feminina. As inglesas empataram o confronto em 1x1 e as japonesas só venceram na luta de desempate.
No individual masculino, o tricampeão sulamericano JKA Rodrigo Rojas (Chile), cravou seu nome entre os maiores lutadores de todos os tempos ao sagrar-se campeão mundial, vencendo a final contra o japones Okhada. Foi apenas a terceira vez em 14 mundiais que um ocidental venceu nessa categoria.
A Seleção Brasileira está de parabens!
OSS!
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