Bruna Magalhães
A equipe de kumite masculino
O presidente da JKA BRasil, Roberto Tanaka, com o troféu de campeão geral do evento.
Enzo Pantoja, Lucas Venito e Thomás Frassá
Nossa delegação
Aconteceu, nos dias 08 e 09 de setembro de 2018 o I Campeonato Panamericano de karate JKA.
Realizado na belíssima cidade de Lima, Peru, o evento contou com a participação de 14 países.
Nas categorias de base, o Brasil deu um verdadeiro espetáculo, vencendo a grande maioria das disputas. Algumas categorias, como masculino 15 e 16 anos, e masculino e feminino 17 e 18 anos, tiveram finais 100 % brasileiras. Foram emocionantes as finais entre Rondon Caiado e Raul Bryan (15 e 16 anos), Enzo Pantoja e Lucas Venito (17 e 18 anos), e Bruna Magalhães e Patrícia (17 e 18 anos)
Na categoria 19 e 20 anos, João Lima se classificou para a final após uma disputa emocionante contra o também brasileiro Rafael Coxa. Na final, contra ur argentino, João mostrou toda a sua garra e coragem: após levar uma pancada muito forte e chegar ao knock down, ele se levantou e partiu para cima, sem uma gota de medo, e venceu de forma incrível.
Isso é o mais importante. Mostrar a todos os países que os brasileiros jamais desistem, e se caímos, levantamos em seguida e seguimos em busca da vitória.
Mais uma vez o Brasil mostra que sua base é sólida, e que não depende do talento isolado de um ou outro atleta. Todos se destacaram e deram o seu melhor. E as medalhas foram consequência disso.
Jamais os resultados haviam sido tão expressivos. Mérito total dos professores, que dentro de suas academias estão treinando seus alunos de acordo com o padrão JKA. Com isso os atletas chegam à Seleção precisando de pouquíssimos ajustes. Mérito também dos técnicos: Shihan Yoshizo Machida, Shihan Kazuo Nagamine, sensei Carlos Rocha, sensei Enobaldo Athaíde, sensei Roberto Pestana e sensei Rafael Moreira, além dos membros da comissão técnica.
Sem os técnicos e os membros da comissão técnica, os resultados jamais seriam tão positivos.
Pela primeira vez, foram realizadas as categorias máster. E o Brasil venceu praticamente tudo! Destaque para a final brasileira entre André Luiz e Edson Luciano (categoria kumite 40 a 45 anos), vencida pelo primeiro em uma luta emocionante. Destaques também os títulos de kata de José Carlos Andrade (categoria acima de 51 anos) e do técnico Roberto Pestana (46 a 50 anos), que mostrou toda a sua técnica em um Sochin quase perfeito.
No adulto, a incrível Manuela Spessatto segue imbatível no kata individual. Ficou evidente para todos que a gaúcha está um degrau acima das outras competidoras nessa categoria. Seu kata pareceu ainda melhor do que em 2014, quando ela ficou em um inédito quinto lugar, perdendo apenas para as japonesas. Foi o sexto título continental de Manuela (5 sulamericanos e 1 panamericano).
Juliana Vitral ficou com o bronze.
No kata por equipes, mais um ouro para o Brasil. Manuela, Martinna Rey e Letícia Aragão deixaram as argentinas em segundo lugar com apresentações fantásticas.
Infelizmente no kumite não conseguimos o mesmo sucesso: nenhuma de nossas atletas conseguiu se classificar para as finais, apesar de lutarem com garra e inteligência.
A argentina Jeanette Castañeda ficou com o título.
Na equipe, conseguimos o bronze, perdendo na semi-final para a Argentina, que acabou sendo campeã.
No masculino, Leão Mazur se classificou entre os oito melhores atletas de kata das Américas, e por muito pouco ficou de fora da zona de medalhas.
O argentino Marcelo Monzón ficou com o título. Foi a quarta vez que esse formidável atleta sagrou-se campeão das Américas no kata individual.
Na equipe, nossos atletas conquistaram a prata, com um Unsu excelente.
No kumite individual, Jayme Sandall se classificou entre os oito melhores das Américas. O Brasil teria mais dois atletas nessas finais, mas Matheus Cirillo foi muito prejudicado pela arbitragem em sua luta contra o atual campeão mundial, Rodrigo Rojas (Chile). Matheus quase ganhou, e teve um ponto claro que não foi marcado. E o atual campeão brasileiro, Diego Andrade, perdeu na final da sua chave contra o chileno Julio Silva (que ficou entre os oito melhores do mundo em 2017). Diego estava ganhando mas sofreu um mae geri faltando menos de dez segundos para o final da luta! No desempate, o chileno conseguiu dois wazari.
Vale citar também o paulista Márcio Adami, que chegou à final de seu dojo (oitavas de final) lutando muito bem.
Infelizmente Jayme perdeu para um argentino na luta entre os oito, e não conseguiu seguir adiante.
O campeão mundial, Rodrigo Rojas (Chile) sagrou-se cameão mais uma vez. Foi o quarto título desse atleta profissional, que segue imbatível na categoria.
Na última categoria, o kumite por equipes masculino, lutas duríssimas entre todos os países.
O Brasil esperou o vencedor de Uruguai e Canadá. Os uruguaios venceram após a luta de desempate, e vieram embalados.
Mas o Brasil soube lutar com paciência e venceu por 3x0.
Na semi-final, a equipe do Chile.
Os chilenos vieram com uma estratégia clara: queriam fazer um anti-jogo e empatar todas as lutas, tentando entregar a decisão para a última luta - exatamente Rodrigo Rojas.
Foi a primeira vez que Rojas fechou a equipe chilena.
E deu certo. As 4 primeiras lutas terminaram empatadas, com os brasileiros tentando pressionar e marcar pontos, enquanto os chilenos recuavam e se esquivavam de forma inteligente. Na última luta Rojas conseguiu um wazari e segurou o resultado. Vitor Braga tentou correr atrás, mas não conseguiu marcar um ponto.
Foi a primeira vez que o Chile venceu o Brasil no kumite por equipes masculino, desde o primeiro campeonato sulamericano (2002), quando o Chile foi campeão em cima do Brasil.
Único atleta presente nas duas disputas (2002 e 2018), Jayme Sandall viu os chilenos passando para a final contra a Argentina.
E na grande final, mais uma vez brilhou a estrela de Rodrigo Rojas, que venceu sua luta contra o experiente Jorge Rivas (tricampeão individual - 2007, 2009 e 2010) por 2x1, dando a vitória ao Chile por 3x2.
Chile campeão Panamericano.
Todos os méritos para essa equipe, que segue junta há anos em busca desse objetivo. O Chile mantém a mesma base da equipe de kumite desde 2008 - e esse foi o segredo para o sucesso deles (bronze no mundial de 2014 e ouro no panamericano de 2018)
Fica aqui registrado o profundo agradecimento a todos os envolvidos com a Seleção Brasileira: atletas, mestres, técnicos, professores e pais.
Todos juntos, somos mais fortes.
Essa união fez com que, pela primeira vez , o Brasil fosse campeão geral do evento!
Uma conquista histórica para nosso país.
OSS!
* Mais informações no site: www.jkabrasil.com.br
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