segunda-feira, 12 de setembro de 2011

XXIII Campeonato Brasileiro de Karate-dô Tradicional

Kata por equipes feminino



Kumite individual absoluto



Kumite individual Especial




Nos dias 9 e 10 de setembro de 2011, na cidade de Joinvile, SC, foi realizado o XXIII Campeonato Brasileiro de Karate-dô Tradicional. O evento estava lotado, tanto nas categorias infanto-juvenis quanto no adulto, e as disputas foram acirradas no ginásio da Univille.


No kumite por equipes feminino, o nível estava muito alto, e as lutas foram emocionantes. A equipe do Rio de Janeiro surpreendeu, vencendo as fortíssimas gaúchas que contavam com Hannah Aires e Manuela Spessatto. Mas Bruna Lee (RJ) fez a diferença, e o Rio venceu. Na semi-final contra a Bahia, mais um show de Bruna, que venceu por 2x0. Mas a Bahia tinha Lelia, uma das maiores lutadoras que o Brasil já produziu. E, com um mae geri indefensável, ela deu a vitória para a Bahia, pela diferença de apenas um wazari.


Nas categorias individuais do absoluto feminino, domínio total da atleta da Seleção Brasileira JKA Daniela Baldini (BA). Depois de levar o ouro no kata individual, deixando Rayssa (RN) em segundo e Celina (SP) em terceiro, e no fuko-go (Celina em segundo e Mayana - MT - em terceiro), a baiana ainda teve fôlego para sagrar-se campeã no kumite, vencendo Carolina Zampa (MG) na grande final.


No masculino, Vitória dos Paranaenses sobre Alagoas, de Ronaldier Rodrigues. Ronaldier, inspiradíssimo, venceu todas as lutas por 2x0, e na semi-final contra o Mato Grosso, além de vencer sua luta por 2x0, ainda venceu o desempate contra o perigoso Thiago Lima.


Mas na final, o trio do Paraná (Jean Laure, Vinícius Sant'Anna e Ricardo Buzzi), fez bonito, vencendo as três lutas, com direito à atuação de gala de Vinícius, que ganhou com um ipon logo no começo.


No kumite individual Especial, 15 atletas lutaram pelo título. Quem levou a melhor foi o vencedor do fuko-go Absoluto de 2009, o baiano Elias, que ganhou de Ronaldier por 2x1.


No kumite individual Absoluto, 69 lutadores se enfrentaram em disputas muito duras. Depois de perder nas eliminatórias do kata individual para o campeão José Renato (RJ), e de ver Marcel Apolônio (SP) me vencer no Gankaku do Fuko-go, parti para o mumite individual. Peguei uma chave complicada, e depois de passar por Edmílson (RJ), peguei o paulista Cléber, que tinha sido medalha de bronze em 2010. Na terceira rodada, venci um atleta de Goiás que tinha aplicado um ipon de ura mawashi na luta anterior, e vinha embalado. Na final do koto, lutei contra meu grande amigo e companheiro da Seleção Brasileira JKA Rafael Moreira (RS). Consegui vencer, e me classifiquei para as semi-finais.


Lutei contra meu conterrâneo Roberto Mendes, que impressionou àqueles que ainda não o conheciam, com um kumitê limpo e uma técnica refinada. Depois de passar por essa pedreira, fiz a grande final contra outro amigo e companheiro da Seleção JKA, que também fez parte do grupo que foi vice-campeão Mundial na Tailândia: Alison Batista (SP)


Quando vi sensei Watanabe (que também foi árbitro central da semi-final) dando o segundo wazari para mim, senti meu coração disparar.


Depois de tantos anos tentando, lutando, viajando pelo Brasil em busca desse título, finalmente ele se tornava uma realidade.


Impossível evitar que naquele momento passassem pela minha cabeça imagens de tantas lutas, tantas tentativas, vitórias e derrotas. Tantas vezes voltando para casa sem o sonhado título, apenas para treinar ainda mais, me esforçar ainda mais, pensando que o dia ainda chegaria. Fui campeão brasileiro de kumite individual, e senti um nó na garganta.


A equipe vice-campeã mundial JKA estava toda lá, com exceção do baiano Diego Andrade e do mineiro Fernando Macêdo. Wagner Pereira (SP) não competiu, tendo ido como técnico da equipe paulista. Rafael Moreira chegou à final do koto, Alison Batista foi vice-campeão, e Take Machida acabou desclassificado por excesso de contato, tendo acertado um soco muito forte no rosto de seu oponente. Essa é a prova de que Tradicional e JKA caminham lado a lado, de que não há diferenças entre os lutadores. Cada vez mais, os atletas da Tradicional estão indo competir na JKA, e vice-versa.


Em breve postarei vídeos, fotos e os resultados completos do Brasileirão Tradicional 2011. OSS!!

Um comentário:

Ronald disse...

Puxa Jayme, assim já tá perdendo a graça! Brincadeira! Como eu, acho que todos os seus amigos e alunos estão radiantes com mais essa merecida conquista. Parabéns.