O karate Tradicional, em si, já é uma divisão.
Surgiu porque sensei Nishiyama sentiu-se desgostoso com os rumos do karate-esporte, com o excesso de valor aos títulos, esquecendo-se da essência do karate.
Ele então fundou a ITKF, criando regras de competição que, na visão dele, mantivessem viva a chama do karate original, com um foco maior na postura de seus praticantes do que em títulos.
Depois disso, vários outros mestres criaram suas próprias entidades, movidos por sentimentos de desagrado com o que existia.
Com isso, o karate se enfraqueceu, passando de arte marcial respeitada e conhecida em todo o mundo, para uma luta confusa, onde os leigos nunca sabem o que é o que, e quem é campeão. Na verdade, há tantos campeões que ninguém mais dá valor a um título de karate.
Agora, depois de mais brigas, surgiu uma nova ITKF, uma divisão liderada pelos fortíssimos poloneses, que, descontentes com a administração do presidente Jorgensen (Canadá), fundaram sua própria entidade.
Aqui no Brasil, alguns mestres de renome se uniram à causa polonesa, criando uma nova confederação, liderada pelo mestre Oswaldo Mendonça (GO), ex-presidente da CBKT, e profundo conhecedor do karate Tradicional.
Fico triste ao ver que, mais uma vez, por cada um achar que está com a razão, o karate se enfraquece. Dessa vez, dividiu-se o que já era uma divisão.
Quem ganha com isso?
Um grande amigo me disse certa vez: "se achamos que algo está errado em nosso grupo, devemos tentar mudar, somar, melhorar. Se todo mundo desiste e vai embora, abandonando o que existe e criando algo novo, os problemas vão junto, se repetem"
JKA, ITKF, New ITKF, WKF, Machida Karate, Interestilos, JKS, KWF...
A cada dia vejo mais distante o sonho de um karate unido.
OSS.
quinta-feira, 13 de março de 2014
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