segunda-feira, 20 de julho de 2009

UM ANO DESFAVORÁVEL

2009 tem se mostrado um ano desfavorável para a seleção brasileira JKA. De cara, a notícia do cancelamento do campeonato mundial do Japão, devido à crise econômica mundial. E agora, o sulamericano da Argentina, que seria realizado em setembro, foi adiado por causa da gripe suína. Os atletas continuam torcendo muito para que o sulamericano seja realizado, pois um ano sem nenhum evento internacional onde a seleção brasileira se reúna, treine junta, enfrente atletas de outros países, seria algo ruim.
Assim que souber de alguma novidade, divulgo aqui no blog.
OSS.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Brasileiro Tradicional 2009

José Renato, sensei Tanaka, sensei Inoki, Eduardo Santos e Jayme
Take Machida, Sensei Tanaka e sensei Machida (de pé). José Renato, Jayme, Eduardo Santos e Oswaldão.

O pódio


Kata individual



A equipe de kumitê: José Renato, Jayme Sandall, Oswaldão e Eduardo Santos


Aconteceu, nos dias 10 e 11 de julho, o XXI Campeonato Brasileiro de Karate-do Shotokan Tradicional, na maravilhosa cidade de Natal, RN.
A cerimônia de abertura foi muito bonita, com as delegações dos Estados desfilando ao som de músicas típicas, tocadas por uma banda militar. No caso do Rio, a música foi "Cidade Maravilhosa".
A delegação carioca foi composta por: Flávio Costa (responsável técnico), Eduardo Santos e Vinicio Antony (técnicos), e os atletas Jayme Sandall, José Renato, Oswaldo, Andréa, Ariane e Thaís. Ariane ficou em 3 lugar no kata da ategoria 16/17 anos. Thaís competiu na categoria 18-21,e se saiu bem em sua estréia em competições nacionais. Andréa, a gigante, ficou em 4 lugar no kata individual adulto, fazendo Unsu na semi e Basai Dai na final. Do alto de seus 1,47m, a aluna de Felipe (Shotokan), não fez bonito apenas no kata. Apesar de ter perdido na primeira luta, ela partiu para cima da filha de Niltão (RN), que acabou campeã, e tomou um wazari no finalzinho da luta, sendo elogiada pela proópria adversária. A baixinha impôs respeito e mostrou de uma vez por todas que tamanho não é documento. Foi um orgulho para os cariocas.
No masculino, José Renato ficou em 3 no kata individual, e foi vice-campeão de fuko-gô, perdendo a luta final para um baiano. Por muito pouco a final do fuko-go não foi carioca, porque perdi na semi-final (no Kanku dai) para esse mesmo baiano. Na disputa do terceiro lugar, fiz uma luta dura contra o atleta de Mato Grosso, Kleyber Moreno, e venci por 2 x 1. Repeti o terceiro lugar de 2008 na categoria que mistura kata e luta. Oswaldão acabou perdendo no kata, sentindo uma contusão antiga no joelho, na hora do salto.
No kumitê individual cheguei à final do meu dojô, e perdi para um goiano que foi vice-campeão. Oswaldão perdeu para Take Machida, que terminou como campeão brasileiro da categoria Absoluto.
O filho mais velho de sensei Machida estava muito bem, tanto física quanto mentalmente, e ganhou suas lutas de forma tranquila. Parabéns!
Na equipe, fizemos uma luta contra a fortíssima equipe do Paraná, e apesar de uma vitória para cada lado, com um empate na luta de meio, perdemos pela diferença de um wazari.
A equipe do Rio mostrou grande união, e esse foi o ponto forte da competição. Flávio, Eduardo e Vinicio foram fundamentais na consquista das medalhas, incentivando, orientando, ajudando de todas as formas todos os atletas. Obrigado!
Na categoria Especial, Ricardo Buzzi venceu o Kata Individual, merecidamente. No fuko-gô deu Alecssandro Jobson (bicampeão), deixando Zanca (MT) com o vice. No kumitê, Alecssandro foi bi também, vencendo Buzzi na finalíssima.


A MAIOR VITÓRIA DA MINHA VIDA


Essa competição foi, para mim, a mais importante da minha vida. Depois de lesionar o ombro pela enésima vez, tive que me operar. Para isso, procurei um dos melhores médicos da área, e decidi me operar com o dr. José Eduardo Amarante. Lesionei o ombro em Novembro de 2008, e entrei na faca no dia 29 de janeiro de 2009. A cirurgia foi um sucesso, graças a Deus e ao Dr. José Eduardo, e de lá para cá tenho feito um trabalho exaustivo e diário de fisioterapia. Aí entrou uma fera: José Vicente Martins, fisioterapeuta do CIRTA (Centro Integrado de Reabilitação e Terapia Aquática - http://www.cirta.com.br/), professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e faixa-preta de karatê. Por sorte, ele é meu aluno, e fez questão que eu fizesse minha reabilitação lá. Correndo contra o tempo, Vicente esenvolveu um trabalho específico de fisioterapia para o meu caso, levando em conta o fato de eu ser um atleta de karatê. Objetivando exatamente essa competição, ele conseguiu fazer um cronograma perfeito, me deixando em perfeita forma para competir. Sinceramente, nem eu acreditava que conseguisse voltar tão rápido às competições. Fiquei emocionado ao fazer kata (fiz 6, no total), e principalmente ao lutar (5 lutas, 4 vitórias e uma derrota).
Muito mais importante do que qualquer título ou medalha de recordação foi o fato de me sentir bem novamente. Se não fosse por um médico e um fisioterapeuta espetaculares, talvez eu tivesse que encerrar minha carreira.
O bronze do fuko-gô me deixou feliz. Mas voltar a treinar, a competir, e a viver bem com meu ombro, isso vale ouro.