terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um brasileiro na Kokushikan



Na sexta-feira, dia 18, um dia antes do início do mundial, houve um treino especial, fechado, entre a equipe masculina de kumite do Brasil, e os atletas da Kokushikan.
O técnico da equipe brasileira, Wagner Pereira, fez história ao puxar a primeira metade do treino. Mais de quarenta japoneses, além dos brasileiros Jayme Sandall, Take Machida, César Cabral, Fábio Simões, André Azevedo, Rafael Moreira, Diego Andrade e Roberto Mendes, treinaram entre si. Wagner foi o primeiro brasileiro a puxar um treino na Kokushikan.
A outra metade do treino foi uxada por ninguém menos do que o lendário Yamamoto.
Sentimos um imenso orgulho ao ver o nosso técnico dividindo a condução do treino com o sensei Yamamoto
OSS!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Equipe de Kumite Seleção Brasileira JKA



No youtube, vídeo com os melhores momentos de alguns dos mais importantes lutadores da equipe de kumite da Seleção Brasileira JKA: https://www.youtube.com/watch?v=09dR6mj_0Xs&feature=youtu.be




Jayme Sandall (RJ) - Venceu por ipon o japonês na final do mundial de 2011, na Tailândia (participou de 8 sulamericanos e 4 mundiais)

Chinzô Machida (PA) - Vice-campeão mundial individual no mundial de 2006, na Austrália (participou de 3 sulamericanos e 4 mundiais)

Fábio Simões (SP) - Único atleta a jamais ter perdido lutando pela equipe do Brasil (participou de 6 sulamericanos e 2 mundiais)

Wagner Pereira (SP) - Vice-campeão mundial em 2011, na Tailândia, e único brasileiro a ter dado um treino para a equipe da Kokushikan, no Japão (participou de 7 sulamericanos e 3 mundiais)


Rafael Moreira (RS) - Best Eight (oito melhores lutadores do mundo) no mundial de 2006, na Austrália (participou de 7 sulamericanos e 3 mundiais)

Take Machida (PA) - Vice-campeão mundial em 2011, na Tailândia (participou de 1 sulamericano e 2 mundiais)

César Cabral (SP) - Vice-campeão sulamericano individual em 2013, no Paraguai (participou de 4 sulamericanos e 1 mundial)


Diego Andrade (BA) - Vice-campeão mundial em 2011, na Tailândia (participou de 3 sulamericanos e 2 mundiais)





Alison Batista (SP) - Vice-campeão mundial em 2011, na Tailândia (participou de 3 sulamericanos e 2 mundiais)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Campeonato Mundial JKA 2014


Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, aconteceu o Campeonato Mundial JKA 2014. O evento aconteceu na Nipon Budokan, o templo das artes marciais.

Chegamos ao Japão no dia 11, e fomos direto até Gotemba, aos pés do monte Fuji, onde ficamos treinando diariamente até a ida para Tóquio, na quinta-feira, dia 16.

A competição adulta começou no sábado, dia 18, com as disputas eliminatórias de todas as categorias.

FEMININO:
No kata por equipes, o time campeão brasileiro de 2014 (Hannah Aires, Cristiane Babinski e Manuela Spessatto) mostrou seu entrosamento ao se classificar para as finais, entre as oito melhores equipes do mundo. No domingo, elas ficaram com a oitava colocação.
No individual, Manuela fez história ao se tornar a primeira atleta do Brasil, entre homens e mulheres, a se classificar entre os Best Eight de kata individual. No domingo sobre o tablado do koto central, ela fez bonito ao conquistar o quinto lugar, ficando atrás apenas das imbatíveis japonesas. A atual campeã brasileira e sulamericana mostrou que seu Gojushiho Sho é um dos melhores do planeta.

No kumite por equipes, as meninas venceram duas rodadas, antes de pararem nas quartas de final diante de uma fortíssima equipe da Inglaterra.
No individual, Tathiana Ponzini, Bruna Lee, Hannah Aires e Manuela Spessatto mostraram muita garra e técnica, mas não conseguiram se classificar para as finais. Tathiana perdeu para uma norueguesa na segunda rodada, depois de vencer uma alemã na estreia. Hannah saiu logo de cara depois de enfrentar a britânica Roisin, que mora há mais de dois anos no Japão. Bruna perdeu na segunda rodada para uma japonesa, e Manuela perdeu na terceira rodada, também para uma japonesa.

MASCULINO:
A equipe de Barueri, formada por Andrew Marques, Rodrigo Alves e Marcel Raimo, infelizmente não se classificou para as finais. No individual, Rogério Higashizima, José Renato e Marcel Raimo perderam na primeira rodada, enquanto Andrew Marques conseguiu passar por todas as rodadas de bandeirada (hantei). Na rodada por notas, ficou a uma posição de passar para as finais. Foi por pouco.

No kumite por equipes, os olhos de todos estavam voltados para o time brasileiro, vice-campeão no último mundial (Tailândia, 2011). Mostrando a união de sempre, o Brasil teve que esperar todos lutarem, pos estava de bye em sua chave. A Noruega venceu a surpreendente equipe da Tailândia, e seriam nossos adversários na estreia. Toda primeira luta é tensa, mas por sorte o Brasil começou de forma arrasadora, com uma vitória de ipon na primeira luta. No final, 4x1 sbre a equipe europeia.
Nas quartas de final, Inglaterra, que vinha de vitórias sobre a Rússia e a Itália. Com uma estratégia inteligente, os ingleses conseguiram anular as principais peças do Brasil e impor seu jogo, vencendo a disputa por 2x1 No final, eles vieram nos cumprimentar incrédulos. "Não pensei que fôssemos passar por vocês", disse o destaque da equipe inglesa, Richard Heselton.

No individual, André Azevedo e Rafael Moreira perderam na primeira rodada. Diego Andrade venceu duas lutas, e só parou no japonês Inokoshi, por 1 x 0. O brasileiro terminou a luta pressionando, indo para cima, e quase conseguiu um wazari no final.
Jayme Sandall foi um pouco mais longe, chegando à final do seu dojô. Caso vencesse, estaria entre os Best Eight no dia seguinte. Mas na última luta, contra um russo, ele não conseguiu encaixar o seu jogo, e perdeu de 1 x 0.
Terminava ali a participação brasileira masculina no mundial.

Apesar da falta de lutadores nas finais, vários atletas de diferentes países vieram nos parabenizar pela forma que lutamos, tanto no individual quanto na equipe. O Brasil, definitivamente, se tornou um país a ser temido pelos adversários.

Mais uma vez o Japão levou todos os títulos, em todas as categorias. Realmente o karate deles é diferenciado - especialmente no kata, onde o nível é bem superior ao dos demais países.
Para vencermos, teremos que fazer um trabalho de longo prazo, que comece imediatamente. Temos três anos para formarmos uma equipe forte, fechada. Três anos para reforçar o que está certo, e corrigir o que está errado.

Fica aqui registrado os parabéns a todos os atletas, que representaram nosso país com uma postura impecável;
Aos técnicos, que auxiliaram os competidores de todas as formas;
Aos brasileiros que passaram no exame de dan no Honbu Dojo:  Celso Kolesnikovas, Roberto Batista, Roberto Pestana e Mário Cadena.
Em especial ao sensei Alfredo Aires, que obteve a classificação de árbitro internacional classe A - o primeiro do Brasil a conseguir tal feito.

Em breve fotos e resultados completos do mundial.
OSS!

sábado, 4 de outubro de 2014

Mundial JKA - 10 anos depois






A exatos 10 anos eu ia ao meu primeiro Campeonato Mundial da JKA. O local: a Budokan, o palácio das artes marciais, em Tóquio..
Dez anos depois, o mundial volta ao Japão, pela primeira vez, depois de passar pela Austrália (2006) e Tailândia (2011).
Nesses dez anos vivi um pouco de tudo dentro do karate: disputei muitas competições: regionais, interestaduais, brasileiros, 7 sulamericanos, 2 panamericanos, 2 mundiais da JKA e 1 do Tradicional. Em 2004, eu viajava como novato, hoje, volto à terra do sol nascente como veterano.
Olhando para trás, para esses últimos dez anos, fico muito feliz ao ver tudo o que conquistei, e principalmente o que aprendi.
É inevitável fazer uma reflexão sobre essa década, voltando ao Japão. Consegui me manter na Seleção da JKA durante todo esse tempo, e entrei na Seleção Tradicional, em 2011. Vi muitos excelentes lutadores se aposentando, outros tantos surgindo. Ganhei e perdi mais vezes do que poderia imaginar.
Triste, percebo que provavelmente não terei mais 10 anos pela frente como atleta. O que me resta é tentar aproveitar o tempo que tenho ao máximo, sugando dos técnicos, aprendendo com meus companheiros.
Mais do que tudo, a Seleção é a grande oportunidade de treinar com os maiores atletas do Brasil.

Além de mim, outros atletas que estiveram no Mundial de 2004 e retornam agora, para disputar 10 anos depois: Wagner Pereira (SP), Fábio Simões (SP), Rogério Higashizima (SP) e Take Machida (PA)
OSS!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

RANKING MAIORES MEDALHISTAS – TRADICIONAL (feminino)





KATA

1)      Adairce Castanhetti (MT) – 22 medalhas (21 ouros e 1 bronze) * Recorde absoluto de número de medalhas e número de títulos em uma categoria individual, masculino/feminino, JKA / Tradicional.
2)      Martinna Rey (BA) – 5 medalhas (2 ouros, 1 prata e 2 bronzes)
3)      Kelly Iwamoto (MT) – 5 medalhas (4 pratas e 1 bronze)
4)      Manuela Spessatto (RS) – 4 medalhas (3 pratas e 1 bronze)
5)      Vilda Lucio (MT) – 3 medalhas (3 pratas)

FUKU-GO

1)      Arlene Amarante – 11 medalhas (10 pratas e 1 bronze)
2)      Lelia Pires (BA) – 8 medalhas (6 ouros e 2 bronzes)
3)      Giordana de Souza (PR) – 6 medalhas (3 ouros, 1 prata e 2 bronzes)
4)      Elaine Golubics (SP) – 4 medalhas (2 ouros, 1 prata e 1 bronze)
5)      Martinna Rey (BA) – 4 medalhas (4 pratas)

KUMITE

1)      Lelia Pires (BA) – 10 medalhas (7 ouros, 2 pratas e 1 bronze)
2)      Adriana Avagliano (SP) – 5 medalhas (4 pratas e 2 bronzes)
3)      Arlene Amarante (MT) – 5 medalhas (2 pratas e 3 bronzes)
4)      Martinna Rey (BA) – 4 medalhas (3 pratas e 1 bronze)
5)      Jamilly Farias (BA) – 3 medalhas (2 ouros e 1 prata)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ranking maiores medalhistas JKA - Feminino



RANKING MAIORES MEDALHISTAS

KATA
1)      Manuela Spessato (RS) – 7 medalhas (3 ouros, 3 pratas e 1 bronze)
2)      Aline Dotta (SP) – 6 medalhas (3 ouros, 2 pratas e 1 bronze)
3)      Oriane Iwamoto (PR) – 4 medalhas (1 ouro, 2 pratas e 1 bronze)
4)      Adairce Castanhetti (MT) – 3 medalhas (2 ouros e 1 prata)
5)      Vanessa Brito (RJ) – 2 medalhas (2 ouros)

KUMITE
1)      Manuela Spessato (RS) – 6 medalhas (2 ouros, 1 prata e 3 bronzes)
2)      Sônia Coutinho (PA) – 5 medalhas (3 ouros e 2 bronzes)
3)      Hannah Aires (RS) – 4medalhas (2 ouros e 2 pratas)
4)      Natacha Marques (RJ) – 4 medalhas (1 prata e 3 bronzes)
5)      Audrey Fais (SP) e Leila Suaiden (DF) – 2 medalhas (2 ouros)

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ranking maiores medalhistas Tradicional

KATA

1) Ronaldier Nascimento (BA): 11 medalhas (7 ouros, 2 pratas 2 bronzes) 
2) Rodrigo Lúcio (MT): 10 medalhas (2 ouros, 6 pratas e 2 bronzes)
3) Vinicio Antony (RJ): 9 medalhas (5 ouros, 3 pratas e 1 bronze)
4) Ricardo Buzzi (PR): 6 medalhas ( 3 ouros, 1 prata e 2 bronzes)
5) Enobaldo Ataíde (BA): 5 medalhas (5 ouros)

FUKU-GO

1) Vladimir Zanca (MT): 12 medalhas (2 ouros, 4 pratas e 6 bronzes)
2) Ronaldier Nascimento (BA): 10 medalhas (4 ouros, 4 pratas e 2 bronzes)
3) Ricardo Buzzi (PR):  6 medalhas (3 ouros e 3 bronzes)
4) Vinicio Antony (RJ): 5 medalhas (3 ouros e 2 pratas) 
5) Chinzô Machida (PA) e Jayme Sandall (RJ): 5 medalhas ( ambos com 1 ouro, 1 prata e 3 bronzes)

KUMITE

1) Vladimir Zanca (MT): 10 medalhas (2 ouros, 1 prata e 7 bronzes)
2) Chinzô Machida (PA): 9 medalhas (5 ouros, 2 pratas e 2 bronzes)
3) Ronaldier Nascimento (BA): 9 medalhas (4 ouros, 4 pratas e 1 bronze)
5) Paulo Afonso (PA): 5 medalhas (4 ouros e 1 bronze)
5) Jayme Sandall (RJ): 5 medalhas (2 ouros, 1 prata e 2 bronzes)


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Rankig maiores medalhistas JKA - Masculino



RANKING MAIORES MEDALHISTAS JKA

 KUMITE

1)      Fábio Simões (SP): 10 medalhas – 3 ouros (2003, 2009 e 2011), 3 pratas (2004, 2012 e 2013) e 4 bronzes (2006, 2008, 2010 e 2014)
2)      Chinzô Machida (PA): 9 medalhas – 7 ouros (1999, 2000, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2012) e 2 pratas (2001 e 2008)
3)      Jayme Sandall (RJ): 8 medalhas – 3 ouros (2010, 2013 e 2014), 2 pratas (2003 e 2011) e 3 bronzes (2002, 2007 e 2012)
4)      Wagner Pereira (SP): 6 medalhas – 1 prata (2014) e 5 bronzes (2003, 2005, 2007, 2008 e 2009)
5)      Rafael Moreira (RS): 5 medalhas – 2 ouros (2002 e 2008) e 3 pratas (2005, 2007 e 2009)


KATA

          1)      Rousimar Neves (MG): 7 medalhas – 5 ouros (2007, 2009, 2010, 2011 e 2012), 1 prata (2005) e 1 bronze (2003)
           2)   Chinzô Machida (PA): 6 medalhas – 3 ouros (1999, 2000 e 2005), 2 pratas (2001 e 2006) e 1 bronze (2004)
     3) Adrew Marques (SP): 5 medalhas – 1 ouro (2013), 2 pratas (2011 e 2014) e 2 bronzes (2009 e 2010)
        4) Rogério Higashizima (SP): 3 medalhas – 2 ouros (2004 e 2014) e 1 prata (2013)
        5) Roberto Pestana (RJ): 3 medalhas - 1 ouro (2003) e 2 bronzes (2001 e 2002)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Postura


No dia 04/08 , em Las Vegas, foi realizada a apresentação dos lutadores que se enfrentarão no dia 27 de setembro.

O campeão dos meio-pesados, o invencível Jon Jones, colocará seu cinturão em disputa contra o casca-grossa Daniel Cormier.

Mas o que chamou a atenção foi a postura dos lutadores. Ou a falta dela. De cara, os dois se encararam com extrema agressividade. Cormier, o desafiante, deu um forte empurrão no campeão, que se descontrolou e partiu para cima. Eles começaram a brigar, e tiveram que ser separados a muito custo.
 No  último programa The Ultimate Fighter (TUF), que foi ao ar na Globo, os dois treinadores brigaram, saindo no tapa, tendo que ser separados pelos outros lutadores. Mais tarde, os dois caíram no anti-doping, e a luta nem aconteceu.

O MMA é, hoje, um dos esportes que mais cresce no mundo. É vitrine das lutas, e muita gente é fã dos lutadores, que se tornaram celebridades. Será esse o tipo de postura que devem ter?

Tenha sido uma briga de verdade – que eu acho que foi – ou jogada de marketing. Não importa. O que importa é que é um péssimo exemplo de conduta de dois atletas e colegas de profissão.

Será essa a mensagem que eles querem passar para o público? A mensagem de que lutadores são agressivos, descontrolados, e que os adversários são verdadeiros inimigos, que devem ser aniquilados?

O grande problema é a falta de disciplina. As artes marciais tradicionais – karate, judô, jiu jitsu, tae kwon do, aikido, kung fu, etc... – ensinam, antes de mais nada, o auto controle e a disciplina. Muito antes do praticante aprender a lutar, ele aprende a ter conduta. De cara, qualquer aluno faixa branca aprende hierarquia e respeito, e isso ele leva para a vida toda. Se for uma pessoa agressiva, descontrolada, a arte marcial vai canalizar isso de forma sadia, para a luta. Na rua ele vai ser mais contido, tendo consciência de que é um lutador, e que por isso deve ter uma postura.

Isso tudo cai por terra ao vermos esses lutadores profissionais portando-se dessa forma. Mesmo as provocações, acara a cara ou via redes sociais, onde um ataca o outro, ofende, provoca.

Para mim, lutador tem que ter, antes de mais nada, postura. Foi isso o que aprendi desde minha primeira aula no karate.

OSS.