quarta-feira, 14 de julho de 2010

XXII Brasileirão Tradicional - 2010

O pódio do kumite individual, categoria Absoluto


No dia 10 de julho aconteceu, em Goiânia – GO, o vigésimo segundo campeonato brasileiro de karate-dô Tradicional.
A competição seguiu os padrões implantados desde 2007, e se dividiu em duas categorias: “Absoluto”, uma categoria aberta, e “Especial” onde só podem competir os atletas que são ou já foram da Seleção Brasileira (CBKT), ou os que foram campeões de alguma categoria individual (kata, luta ou fuko-gô).
A organização estava melhor do que nos dois anos passados, quando ainda havia pessoas competindo até perto de meia-noite. No dia 10, todas as categorias estavam definidas por volta das 20 h, deixando para depois a cerimônia de abertura com desfile das delegações e as finais de enbu (masculino, misto e feminino), fuko-gô e kumitê por equipes.
O nível dos competidores de ambas as categorias, como sempre, estava muito alto.
Competir no karatê Tradicional é difícil. São lutas pesadas, onde o ponto não é marcado com facilidade, e as pancadas são muito fortes. Apesar disso, por sorte poucos acidentes graves aconteceram, o que demonstra controle por parte dos atletas.
Na categoria Especial, Buzzi confirmou o favoritimo no kata indiviual, e levou o bi, com Gojushiho sho. Desde que medalhou pela primeira vez em kata individual, em 2007, o paranaense ganhou confiança em uma modalidade que até então não era sua especialidade – apesar das muitas medalhas de kata por equipe -, e depois de dois vice-campeonatos (2007/08), sagrou-se bi de forma incontestável. Completando o pódio, o multi-campeão Rodrigo Lúcio (MT), e o hepta-campeão Ronaldier Nascimento, que nesse ano competiu pelo Estado de Alagoas.
Na categoria Absoluto, Jeferson Aragão (BA), voltando às competições depois de alguns anos afastado, venceu e convenceu, deixando José Renato (RJ) em 2º. Eu passei para a final em 2º, mas ao fazer o Sochin parei fora da marca, o que me custou décimos preciosos que me jogaram para o 4º lugar.
No fuko-gô, mais uma vez deu Buzzi, deixando Thiago (MT) com o vice. Como se fosse combinado, na categoria Absoluto o vencedor do kata também levou fuko-gô. Jeferson Aragão venceu Júnior (SC) na finalíssima. Eu fiquei com o bronze, pelo terceiro ano consecutivo. A outra medalha de bronze ficou com o baiano Edson Raimundo, aluno do sensei Enobaldo Athaíde.
Kumite individual. A categoria mais importante. Afinal, karate se trata de luta.
No Absoluto, fiz uma luta muito boa, na semi-final, com o baiano Alessandro, com quem eu já tinha lutado em 2005, no Paraná. Depois de levar um kizami mawashi de peito de pé muito forte de Fábio Simões (SP), que desclassificou o paulista, Alessandro acabou se recuperando e fez uma competição excelente. Voltando à nossa luta, trocas de golpes muito fortes, tanto jodan quanto tchudan. Dois guerreiros que não cederam nem um milímetro em busca da vitória. No final, ele levou a melhor, merecidamente. Fez a final contra o perigosíssimo Kleyber, de Mato Grosso, e venceu. Eu fiquei com mais um bronze. No fim das contas, fiz seis lutas, vencendo cinco e perdendo uma.
Na categoria Especial...
Lembro que há uns cinco anos atrás, Zanca perdeu alguma competição, acho que foi na JKA. Surgiram comentários de algumas pessoas, dizendo que ele já estava velho. Fiquei espantado, e disse: “velho? Ele só tem trinta e seis anos, e está sempre nas cabeças!” Mas insistiram que o tempo dele já tinha passado e ele tinha que parar. Ainda bem que o mato-grossense mais vitorioso da história de seu Estado nem pensou na hipótese de parar.
Aos quarenta anos, Vladimir Zanca deu show. Lutou como um leão, impondo seu jogo para cima de seus adversários, e passou por Buzzi para fazer a final contra Ronaldier. Venceu, com todos os méritos, e conquistou o bi-campeonato brasileiro de kumitê individual, com um espaço de 14 anos (1996/2010).
No kata por equipes venceram os eternos favoritos: Mato Grosso de Rodrigo Lúcio, com Paraná em 2º.
No kumitê por equipes, uma final de arrepiar entre Mato Grosso e Paraná. Na última luta, fechando a equipes, Vinícius Moreno (MT) contra Ricardo Buzzi. O mato-grossense mostrou porque está nas seleções brasileiras da JKA e do Tradicional, e venceu o tri-campeão mundial por 2x0, dando o título para o seu Estado. Completando o pódio, Bahia e Alagoas, esta última liderada por Ronaldier.
OSS.

3 comentários:

Roberto Pestana Jr. disse...

Beleza garoto!!!
Agora é se manter sempre na turma...
Parabéns!

Pestana

Luís Eduardo disse...

Parabéns pelas medalhas Sensei Jayme continue no caminho! Oss!!

Rousimar Neves disse...

Parabéns Jayme,tanto pelas competições quando pela matéria.

Abração,
Rousimar.