Ante-ontem fomos nos encontrar com BJ Penn no MGM Grand. É incrível como ele é simples e simpático, e, acima de tudo, conhecido! Parecia que eu andava ao lado de um ator famoso, tantas eram as pessoas que paravam para pedir fotos ou autógrafos. E ele sempre solícito, sempre sorridente. São pessoas como BJ, Vítor Belfort, Randy Couture e Lyoto Machida, entre outros, que desconstroem a imagem negativa que muitas pessoas têm acerca dos lutadores de MMA, mostrando que o MMA é um esporte como outro qualquer, e que eles são atletas e pessoas como outras quaisquer.
Há um movimento muito forte aqui nos Estados Unidos sobre o Machida Karate. Parece ser apenas questão de tempo para que a luta vire febre nesse país continental. Mas em que isso pode beneficiar os atletas/praticantes/professores de karate Shotokan Tradicional/JKA?
Na minha visão, é a melhor coisa que poderia nos acontecer. O karate Shotokan já era famoso, reconhecido, por ser um instrumento de socialização, educação, formação de pessoas, além de uma luta. É uma arte marcial respeitada nesses aspectos. Mas entre os lutadores profissionais, formadores de opinião de muitos jovens que desejam praticar uma luta, o Shotokan andava em baixa... Isso em muito devido ao desconhecimento do nosso karate. Claro, com tantas federações, tantos multi-campeões, tantos mestres com dans miraculosos, como saber quem é quem nesse meio? Como respeitar uma luta onde há tantos e tantos faixas-pretas? E onde um atleta pode se dizer super-campeão sem jamais ter feito uma luta sequer?
Agora, entretanto, com o sucesso merecido de Lyoto, os olhos se voltaram para o Shotokan que ele pratica. E o que se vê são atletas do calibre de Chinzô, Vinicio Antony, Kokubun, Ogata, Johan La Grange...
Com isso, o karate de Ugo Arrigoni, Watanabe, Flávio Costa, Djalma Caribé, Ricardo D'elia, Paulo Góes, Ronaldo Carlos, e tantos, tantos outros lutadores de quilate, é alçado novamente ao lugar que merece.
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